Quais são as taxas cobradas para investir em renda fixa?
Quando falamos em investimento em renda fixa, a maioria dos ativos possuem algum tipo de taxa que acaba sendo cobrada e reduz a rentabilidade do investidor. No artigo de hoje vamos abordar sobre quais são as taxas que podem incidir sobre as suas aplicações de renda fixa.
Taxa de administração
A taxa de administração é extremamente comum e costumava ser cobrada pelas instituições que estão fornecendo o ativo, ou seja, o título de renda fixa. Essa taxa serve para pagar os procedimentos realizados pelas instituições, é basicamente uma cobrança pelos serviços prestados de fornecer um ativo.
O percentual da taxa costuma ficar entre 0 a 3% na média, existem instituições que não cobram esta taxa justamente porque conforme tem passado o tempo, há uma tendência de mais pessoas entrarem no mundo dos investimentos e fazer com que o volume de dinheiro captado por esta instituição seja mais abrangente.
Outro fator extremamente importante para que as instituições financeiras deixem de cobrar taxa de administração em ativos de renda fixa é devido a concorrência. Sabemos que novas empresas nascem diariamente para fornecer ativos para os investidores, tendo que concorrer com as novas empresas e até mesmo com as empresas mais velhas de mercado, que estão até com maior quantidade de clientes, é necessário reduzir os custos para se tornar mais atraente diante dos investidores.
Mas, acontece que ultimamente as instituições precisam concorrer umas com as outras para cativar o investidor que cada vez mais tenta lapidar uma oportunidade que contenha uma taxa boa e o risco aceitável diante do cenário em que a taxa SELIC, que é a nossa taxa básica de juros, está lá embaixo.
É extremamente difícil encontrar um título de renda fixa que tenha uma rentabilidade legal hoje em dia, justamente por isso os investidores buscam cada vez mais encontrar instituições que não fazem cobranças. Assim pode ficar com um pedaço da rentabilidade que teria sido decrescido.
Imposto de renda
Também podemos ter taxas que são cobradas e direcionadas para o estado. Por exemplo, quando você investe em um título de renda fixa como CDB e LC que são os títulos mais conhecidos, você ficará sujeito as alíquotas do Imposto de Renda.
- Sendo de 0 a 180 dias ou até um semestre, a alíquota cobrada é de 22,5% em cima da rentabilidade;
- Agora, se o período da aplicação for entre um semestre e um ano, ou seja, de 180 dias a 360 dias, a alíquota reduz para 20%;
- A penúltima alíquota é e 17,5% para períodos entre um a dois anos, ou 360 a 720 dias;
- E, a última alíquota que também é a menor, acontece somente acima de dois anos (+720 dias);
É importante destacar que as alíquotas do imposto de renda em ativos de renda fixa incidem em cima somente dos rendimentos. É válido lembrar que o Imposto de Renda já é descontado no dia do recebimento ou na data de saque da aplicação.
A instituição financeira já faz a dedução no momento de proporcionar o retorno financeiro para o cliente que só deve ficar prestando atenção para registrar esta operação corretamente dentro dos informes do seu Imposto de Renda. Já que não é necessário emitir nenhum tipo de via e realizar o pagamento.
IOF
Outra taxa que é extremamente utilizada é o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que possui uma alíquota para cada dia do primeiro mês de aplicação.
Por exemplo, se uma pessoa escolher retirar o seu dinheiro no primeiro dia de aplicação ou até mesmo lá pelo dia 20, 21 e até 29, sofrerá a redução da sua rentabilidade. Isso porque no primeiro dia já começa a incidir o IOF.
A alíquota cobrada em cima dos rendimentos está ali e vai reduzindo de três em três pontos percentuais conforme os dias estão passando até que atinja o prazo de 30 dias, quando não há mais cobrança dessa taxa.
É importante destacar que o IOF é cobrado primeiro e o que sobra da rentabilidade é cobrado o Imposto de renda. As pessoas que investem com a intenção de resgatar o dinheiro antecipadamente, devem se ater ao período de cobrança do IOF.
Quando falamos em títulos privados, essas são as taxas que costumam ser cobradas. Agora, se formos mirar em títulos públicos, algumas coisas são ligeiramente diferentes.
Taxa da B3
Quando alguém vai investir no Tesouro Direto, seja para investir no tesouro selic, no prefixado ou no IPCA+, sejam eles com pagamento de juros semestrais ou somente no final da aplicação, existe uma taxa de custódia que se chama taxa da B3.
Essa taxa serve para manter o título que os investidores adquiriram guardados. Antigamente, a custódia era feita pela Cetip, mas depois de ser incorporada a B3, a taxa passou a se chamar taxa da B3, essa taxa é de 0,25% ao ano sobre o valor bruto investido e não somente sobre os rendimentos.
A taxa é cobrada em duas vezes de 0,125% sendo a primeira cobrança no primeiro dia útil de janeiro e a segunda no primeiro dia útil de julho.
O que significa que a cada ano você perde um pedaço do valor investimento mas a rentabilidade que você já teve e isto pode ser um ponto que não traz benefícios e que muitas instituições conseguem driblar dando outro tipo de ausência na cobrança de outras taxas ou na criação de fundos que refletem a taxa Selic e não cobram a taxa da B3.
É importante destacar que os títulos públicos do Tesouro Nacional têm a incidência do Imposto de Renda, sendo exatamente a mesma tabela que falamos para os ativos de renda fixa privada. Algumas instituições financeiras podem cobrar para que os investidores invistam no próprio Tesouro Nacional.
Como já dito também anteriormente através de taxa de administração
Ativos sem imposto de renda
É válido lembrar que existem alguns títulos de renda fixa privada que não cobram imposto de renda e nem IOF, como LCA e LCI por serem ativos destinados ao setor imobiliário e ao setor do agronegócio a fim de estimular a economia e a movimentação financeira acerca destes setores.
É um incentivo do governo para que as pessoas invistam e façam o mercado crescer cada vez mais. Como ativos sem Imposto de Renda, também existem as debêntures incentivadas que são destinados ao setor de infraestrutura.
E isso também é uma opção para pessoas que não querem pagar imposto de renda em seus ativos. O que poucas pessoas sabem é que muitas vezes um ativo que não tem imposto não possui mais rentabilidade do que um ativo que tem a cobrança, é necessário verificar quais são as rentabilidades líquidas, ou seja, o lucro líquido que o investidor vai adquirir com a aplicação em cada um dos casos.
Assim, é possível ter um melhor discernimento na hora de escolher se seu título terá ou não imposto de renda.
Este foi o nosso artigo com as principais tributações de renda fixa, esperamos que a medida que você tenha lido os artigos que estamos escrevendo, se torne mais fácil conseguir compreender o mercado financeiro.
Um grande abraço da equipe que cuida de você.
Dell consultoria.